Igrejas Assembleias de Deus Pentecostais
Estamos em 1903, José Plácido da Costa (1869-19665) estava emigrado no Brasil desde 1901. É natural de Valezim – Beira Alta. Levado a Jesus Cristo em 1903, pelo então colportor da Sociedade Bíblica Brasileira, João Jorge de Oliveira, seria baptizado na Igreja Baptista nesse mesmo ano.
Em 1907, José Plácido da Costa poderia dizer como Josué: Eu e a minha casa servimos ao Senhor!
Nos fins de 1910, não só Plácido com sua família e outros membros da Igreja Baptista de Belém do Pará, aderem à doutrina glossolálica, e foram excluídos em bloco.
No ano de 1911 organizam a Missão de Fé Apostólica e, no ano de 1918, com uma nova casa de oração, mudam o nome para Assembleia de Deus Pentecostal.
Em Abril de 1913, Plácido da Costa vem a Portugal com intenção de entregar a mensagem evangélica. No mês seguinte, baptizou a primeira crente pentecostal em território português.
Em abono da verdade, quem realizou o baptismo foi o evangelista Sales, o que realizou a campanha em Cabo Verde, em 1914.
De 1913 a 1919, a obra de Deus através de José Plácido da Costa, não cresceu muito.
No ano de 1919 falecia a sua única filha, sentido Plácido da Costa que deveria consagrar totalmente a sua vida à evangelização. Se bem o pensou, bem o realizou, ainda que por poucos anos.
João Jorge de Oliveira, ministro baptista, quem no Brasil levou Plácido a aceitar Jesus Cristo como único e suficiente salvador, como já o disse, aceita a colaboração de Plácido, que se fixa na cidade do Porto.
Depois, pastoreou a igreja baptista de Viseu e, no ano de 1922, encontrava-se em Tondela.
A Assembleia de Deus Pentecostal, em Belém do Pará, em 1921, enviou outro obreiro para Portugal, de nome José Matos Caravela, que foi encontrar-se com Plácido em Tondela. Caravela não gostou de vê-lo trabalhar com quem não estava de acordo.
Matos acaba por fundar, em meados de 1922, a Assembleia de Deus Pentecostal, em Tondela. Os irmãos Baptistas fizeram uma grande campanha contra eles e Matos acabaria por fechar o trabalho e rumar para Portimão – Algarve, em 1924.
Plácido deixou os Baptistas, voltou a Valezim e, durante uns anos, trabalhou nas suas corelas até que, em 1927, voltou a emigrar para a Argentina, depois para a Baía (no Brasil) e, por fim, chegou a Belém do Pará, onde foi informado de que já estava fundado o trabalho pentecostal no Porto, cujo organizador foi Daniel Berg, sueco e que era um dos fundadores da obra pentecostal no Brasil.
Plácido voltou do Brasil em fins de 1934, indo para o Porto dar colaboração a Daniel berg (1894-1963) e Augusto Holger Maustrtz Baeckstroem (1904-1964). Este sucedeu a Berg entre 1934 e 1939, mas desde 1935 que Plácido da Costa era o presidente da Junta, já que a lei portuguesa não autorizava que um estrangeiro fosse o presidente. Em 1939, Plácido assumia o pastorado que manteria até 1954, ano em que se aposentou.
Lisboa viu a inauguração da sua primeira sede a 13 de Maio de 1934, com a celebração do seu primeiro serviço de baptismo, cujos candidatos eram todos de Évora.
O ministro que organizou a Igreja de Lisboa foi o sueco Jack hardstedt (1895-1973); o seu sucessor foi Samuel Nystrom e logo depois Tage Stahlberg (1902-1980) onde, pela mesma razão do que aconteceu no Porto, o ministro Alfredo Rosendo Machado foi o primeiro presidente da Junta. Também outro ministro sueco, o missionário Eric Emgard, deu muita da sua vida e da vida dos seus familiares à obra em Portugal.
Sem dúvida alguma, estes dois servos de Deus com uma plêiade de outros jovens portugueses, não só fizeram prosperar a obra de Deus na Grande Lisboa, como no país inteiro. Eis nomes como: Durval Correia, António Rodrigues da Silva, João Sequeira Hipólito e outros mais.
Amadora teve a sua primeira casa de oração em 1942, cujos fundadores foram o Dr. Colin Monypenn Bowker e sua esposa Margarida Bowkerm que organizaram várias igrejas, a saber, as de Mafra, Malveira, Buraca, Pontinha e outras, na linha oeste. O casal Bowker foi pioneiro na Beira Baixa, onde estabeleceu trabalhos na Covilhã, Castelo Branco, Fundão, Quintães e tantas outras localidades.
Coimbra foi o resultado de um reavivamento nas igrejas dos Irmãos, iniciado por um irmão vindo do Brasil e, para consolidar o trabalho que ficou, foi ali o ministro evangélico José Cunha Oliveira Pessoa, isso no ano de 1963, depois de outros ministros pentecostais ali terem ido dar colaboração.
Amora, 26 de Janeiro de 200