Actividade social dedicada às crianças no seio da ACM
sexta-feira, 29 de maio de 2009
O Dia do Garoto
Actividade social dedicada às crianças no seio da ACM
quinta-feira, 28 de maio de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
III Congresso das UCM de 1909
segunda-feira, 25 de maio de 2009
CONGRESSO PROTESTANTE DE 1909

O clima vivido foi de grande alegria e festa, o evento não passava despercebido à sociedade portuguesa: os jornais noticiavam o acontecimento e o rei D. Manuel II enviava saudações reais.
Nunca o povo protestante, divido em várias denominações, conseguira unir-se com tanto êxito. Crescia a esperança de espalhar o Evangelho por todo o Portugal: cerca de 1500 pessoas, um número inimaginável até então.
Passados cinquenta anos, em Vidas Convergentes, Eduardo Moreira recordava o congresso:
O apogeu do poder organizador de Alfredo Henrique da Silva, exercido quase sempre no Norte, transportava-se a Lisboa num dia grande, muito grande, que na ocasião intitulámos: “A maior jornada do Evangelho em Portugal”: 23 de Maio de 1909, na “Sala Portugal” da Sociedade de Geografia.
Reinava o jovem D. Manuel II; e em tão diferentes períodos políticos que seguiram o seu curto reinado, nada ainda, que nos diga respeito, igualou essa apoteose.
Assistem João Mott, futuro Prémio Nobel da Paz, e Cristiano Phildius, o presidente da Comissão Mundial das Uniões Cristãs da Mocidade. Há coros, teses, alegria, louvor, bandeiras, palmas e vivas, fraternidade transbordante. Os hinos soam maravilhosamente, o entusiasmo é geral e electrizante. As teses acrisolam-no.
Foi decerto o momento mais alto do evangelismo português. Preparado por um, secundado por todos. O último dos Branganças, no trono, não desmerecia da tradicional tolerância. Quinze anos da futura República Parlamentar não nos concederiam tanto.
E assim foi.
domingo, 24 de maio de 2009
III Congresso das UCM de 1909
Terceiro congresso nacional das Uniões Christãs da Mocidade de Portugal
A sessão de encerramento, na Sociedade de Geographia é revestida d’um grande brilhantismo
Foi hontem o ultimo dia do 3.º congresso nacional das Uniões Christãs da Mocidade de Portugal, realizando-se, de dia, discursos, por differentes delegados, nas seguinte egrejas evangelicas:
Ás 12 da manhã, Mariannos, Taipas e Estephania; 2,30 da tarde, Arriaga; 5 a tarde, reunião de consagração para os unionistas, União Central; 6 da tarde, Cascão; 7 da tarde, Mariannos, Taipas, Santa Catharina, Amoreiras e Estephania.
Na União Central, o sr. João Mott, membro da Universidade de Yale, da America do Norte, e secretario da Federação Mundial dos Academicos Christãos, produziu um magnifico discurso, servindo de interprete o sr. Right.
Em todos os templos evangelicos a concorrencia foi extraordinaria.
A sessão de encerramento
A noite realisou se na sala “Portugal” da Sociedade de Geographia a sessão de encerramento.
Assumiu a presidencia o sr. Alfredo da Silva do Porto, que estava secretariado pelos srs. Major Ferreira e dr. Leite Junior.
A sessão foi aberta ás 8 horas e meia da noite.
Por essa occasião, a amplissima e magestosa sala offerecia um aspecto devéras imponente pela enorme concorrencia, vendo-se as galerias apinhadas de senhoras.
Antes de se dar principio ao programma foi lido o expediente entre o qual se encontrava um telegramma de sua magestade el-rei agradecendo ao Congresso a participação da sua abertura.
Seguidamente foi executado o hymno, ouvindo de pe toda a assistencia, cumprindo-se á risca o programma, bastante interessante.
O sr. João Mott, tambem se apresentou na sessão de encerramento fazendo um brilhantissimo discurso sobre a atrophia moral.
Serviu-lhe de interprete o sr. Alfredo da Silva.
Foram depois lidas as seguintes
Conclusões do Congresso
1.º O Congresso constata o progresso das Uniões Christãs em Portugal e congratula-se com esse facto, por ver n’elle um dos melhores factores para o progresso da Patria.
2.º As Uniões Christãs pelo seu plano de educação integral e symetrico são um dos melhores meios de formar uma mocidade forte no corpo, esclarecida na intelligencia, pura na moral e santa na alma.
3.º As Uniões Christãs devem procurar dar a todo o trabalho o fórma mais accessivel e mostrar praticamente como o Evangelho de Christo resolve todas as questões sociaes.
4.º Tudo o que é verdadeiro, honesto, justo, santo, amavel, de boa fama, elevado de costumes, póde e deve servir de meio ás Uniões para attrair e elevar a mocidade.
5.º O congresso resolve iniciar desde já uma obra a favor dos emigrantes que se dirigem ás duas Americas, de combinação com as Uniões Christãs do Brasil e America do Norte.
6.º O estudo da Palavra de Deus e a oração são dynamos da obra unionista.
7.º O Congresso expressa a sua gratidão á cidade de Lisboa pela maneira como o acolheu, á imprensa que o ajudou, á Sociedade de Geographia e á Associação Comercial de Lojistas pelo auxilio que lhe prestaram e a todos que concorreram para o seu exito.
8.º O Congresso retribue as saudações telegraphicas que lhe enviaram as Uniões do Brasil, Hespanha, França, Suissa, Inglaterra, Italia e Belgica, e differentes Uniões e particulares do paiz.
Estas conclusões foram sanccionados, pela assembléa, com prolongadas salvas de palmas.
Por ultimo usou de novo da palavra o sr. Alfredo da Silva, que fez o discurso de encerramento, sendo felicissimo na sua dissertação, arrancando por vezes, ao auditorio vibrantes applausos.
A sessão foi encerrada perto da meia noite.
O que ha hoje
Ás 10 da manhã, reunião do Comité Nacional, e ao meio dia passeio a Cintra.
Diário de Notícias, 24 de Maio de 1909, p. 2.
III Congresso das UCM de 1909
O ultimo do dia do congresso – A visita aos culto evangelicos – A sessão plenaria na sala “Portugal”, da Sociedade de Geographia
Consoante constava do programma, parte do dia foi consagrado pelos congressistas á visita aos varios cultos evangelicos da capital, que foram dirigidos pelos delegados de fóra.
Pelas 5 horas da tarde effectuou-se, na séde da União Central, á rua das Gaivotas, a anunciada reunião de consagração, para os unionistas e suas familias e á qual presidiu o sr. João Mott, que proferiu uma brilhante prelecção em ingles, interpretada pelo sr. Henrique Wright.
Á mesma hora realisava-se, no extincto convento dos Mariannos, uma sessão organisada pelo “comitè” nacional das uniões christãs femininas presidida por mr. Mott [sic] que discursou largamente sobre o movimento feminino a favor da obra evangelica, referindo-se ás viagens que durante quinze annos sucessivos emprehendeu a numerosos paizes da Europa, da Asia, da America e da Africa.
Por ultimo falou “mademoiselle” May Cassels, presidente do mesmo “comitè e membro da Alliança Universal, que conta trezentos mil accionistas, tendo a sua séde em Londres, sob a presidencia de “mademoiselle” Mary Norley.
Em seguida reuniu a commissão iniciadora para apreciar as conclusões das theses, assim como as conclusões geraes do congresso. Como estava annunciado, pelas 9 horas da noite abriu-se a sessão plenaria do encerramento, na sala Portugal, da Sociedade de Geographia, que se encontrava literalmente cheia, predominando o elemento feminino.
sábado, 23 de maio de 2009
III Congresso das UCM de 1909
Congresso das Uniões Christãs da Mocidade
O Terceiro dia
Ás dez horas e meia da manhã de hontem realisou o congresso nacional das Uniões Christãs da Mocidade uma sessão de delegados, á que presidiu o sr. Pedro Silveira, de Portalegre, secretariado pelos srs. Antonio Tavares, do Porto e José Ferreira Martins, de Setubal.
A sessão principiou pela reunião de oração, seguindo-se a these Jesus Christo e a Mocidade, que estava para ser relatada pelo sr. Henrique Wright, do Porto, mas que, por deferencia d’este senhor, passou a ser relatada pelo sr. Mott, que falou em inglez com interprete.
Depois devia seguir-se a discussão das conclusões do congresso, ficando este no entanto para assumpto especial em sessão da noite.
Por ultimo procedeu-se á eleição da comissão executiva, que ficou assim constituida: presidente, Alfredo Henrique da Silva, do Porto; vice-presidente, André Cassels, de Villa Nova de Gaya; 1.º secretario José Antonio Fernandes, do Porto; 2.º secretario, Antonio Tavares, do Porto; thesoureiro, Frederico Flower; vogaes, todos os presidentes das diversas uniões do paiz.
Á uma e meia da tarde effectuou-se um “lunch” fornecido pelo restaurante do Campo Grande.
Seguiu-se a photographia dos delegados officiaes photographia geral, etc.
Ás 7 da noite effectuou-se a sessão para discussão das conclusões do congresso e ás 9 horas uma sessão no extincto convento dos Mariannos, destinada aos unionistas.
O programma de hoje
O programma de hoje é o seguinte:
Cultos nas differentes egrejas evangelicas:
12 da manhã – Mariannos, Taipas e Estephania.
2,30 da tarde – Arriaga.
5 da tarde – Reunião de consagração para os unionistas e seus amigos, União Central, rua das Gaivotas.
Ao mesmo tempo realisar-se-á nas salas do Collegio Evangelico uma reunião special para senhoras e meninas.
6 da tarde – Cascão.
7 da tarde – Mariannos, Taipas, Santa Catarina, Amoreiras e Estephania.
9 da noite – Sessão plenaria d’encerramento Sala Algarve da Sociedade de Geographia.
1.º Hymno e oração.
2.º Discursos por differentes delegados.
3.º Proclamação das conclusões do Congresso.
4.º Collecta.
5.º Discurso de encerramento.
–––
O sr. João Mott, delegado americano faz amanhã, pelas 8,30 da noite, na Associação de Logistas, uma conferencia sob o thema “A luta mais difficil dos academicos em todos os paizes.
Diário de Notícias, 23 de Maio de 1909, p. 4.
III Congresso das UCM de 1909
N’esta sessão, a que presidiu o Sr. Pedro Silveira, delegado por Portalegre, secretariado pelos srs. Antonio Tavares e José Pereira Martins, respectivamente delegados pelo Porto e por Setubal, falou o sr. João Mott, a convite do sr. Henrique Wright, escolhendo para thema o “Segredo do exito e da ruina de uma União Christã da Mocidade”.
Pela 1 hora da tarde, seguiram todos os congressistas, num carro electrico, reservado, para o Campo Grande, onde se realizou o banquete official, presidido pelo sr. Alfredo da Silva, que tinha á sua direita mr. Mott e à sua esquerda o sr. João Mott.
Ao toast inicou a série de brinde o sr. Alfredo da Silva, que saudou calorosamente a commisão local e as uniões christãs de Lisboa, assim como as senhoras que se encontravam presentes, seguindo-se os seguintes brindes: o sr. Santos Figueiredo, em nome das Uniões de Lisboa e pelo Comité Nacional; o sr. dr. Leite Junior, pelo sr. Mott e pelas Uniões de Portugal, e o sr. Pedro da Silveira, pelas uniões christãs femininas.
Depois de se terem tirado varias photographias com os congressistas, os delegados dispersos, em numerosos grupos, visitaram alguns estabelecimentos e monumentos importantes, bem como differentes pontos pittorescos da cidade.
Pelas 7 horas da tarde deu-se principio aos trabalhos da sessão nocturna, sendo a mesa constituida pelos mesmo delegados da sessão da manhã. Votou-se, por unanimidade, que o estudo final, relativo ás conclusões do congresso fosse entregue a uma comissão composta da mesa permanente do congresso e dos membros da commisão iniciadora, sendo em seguida apresentadas as seguintes propostas:
1.º, que o comité internacional se encarregue de elaborar uma lista dos assumptos adaptados ao estudo biblico das uniões christãs da mocidade; 2.º, que nos futuros congressos internacionaes se empregue a lingua esperanto e a lingua do paiz ou da cidade na qual as sessões se effectuem.
A primeira proposta foi modificada no sentido que seja o comité nacional encarregado de tratar do assumpto, sendo a discussão da segunda adiada para outra reunião.
Procedeu-se, depois, á eleição da comiissão executiva da Alliança Nacional, a qual ficou composta dos srs.:
Alfredo Henrique da Silva, presidente; André Cassels, vice-presidente; José Antonio Fernandes, 1º secretario; Antonio Tavares, 2º secretario; e Frederico Flower, thesoureiro; sendo nomeados vogaes os presidentes das diversas uniões christãs do paiz.
Sobre assumptos relativos á forma por que se devia orientar a eleição, falaram os srs. Armando Pereira de Araujo, Julio Bento da Silva, José Pereira Martins e Antonio Ferreira Fiandor, tendo este ultimo delegado proposto que fosse consignado em acta um voto de louvor ao presidente pela regularidade e brilhantismo com que decorrera o congresso, proposta que foi approvada por acclamação.
A sessão terminou com o hymno evangelico “Obra Perfeita, que foi entoada por todos os assistentes.
O Século, 23 de Maio de 1909, p.2.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
III Congresso das UCM de 1909
Da these foi relator o sr. Pedro da Silveira, de Portalegre, que foi muito applaudida.Á uma hora e meia da tarde foi servido um “lunch” em comum, na União Central, á rua das Gaivotas, seguindo-se uma sessão dos delegados, ás tres horas e meia da tarde, em que o sr. dr. Leite Junior, de Coimbra, apresentou uma these sobre o estudo dos meios que as uniões podem dispôr para chamar a mocidade.O sr. José Luiz Braga, do Brasil, relatou tambem uma these sobre “A obra a favor dos emigrantes”, fechando a sessão depois de discussão varia.
Ás oito horas da noite realisou-se a sessão para os unionistas e seus amigos, fazendo uso da palavra varios delegados, entre os quaes o sr. Mott, delegado dos Estados Unidos da America, que falou em ingles, fazendo-se comprehender por meio de um interprete.
Ámanha é o terceiro e ultimo dia do Congresso, sendo a parte mais importante do programma um banquete no Campo Grande e a sessão dos delegados.
Diário de Notícias, 22 de Maio de 1909, p. 4.
III Congresso das UCM de 1909
Segundo dia do terceiro congresso nacional – Cumpre-se o programa, sendo todas as sessões muito concorridas – Aprovam-se as theses apresentadas
Os trabalhos, consoante constava no programa, principiaram ás 10 horas e meia da manhã, pela sessão dos delegados, a que presidiu o sr. Henrique Wright, secretariado pelos srs. Eduardo Moreira, secretário geral do congresso, e Luis Torres, delegado da União de Vila Nova de Gaya.
Terminada a reunião dea oração, com que abriu a sessão, procedeu-se á apresentação dos relatorios de todas as uniões do “comité”, falando em nome do “comité” Internacional, os srs. Christiano Phildius, do de Genebra, e José Luiz Fernandes Braga, do Brazil. Pelo “comité” nacional, usaram da palavra os srs. Alfredo Silva, Frederico Flower, Antonio Tavares, André Cassels e Henrique Wright e ainda a maior parte dos delegados que vieram de differentes pontos do paiz.
Por ultimo, foi apresentada a these “As uniões christãs e a questão social”, sendo relator o sr. Pedro da Silveira, de Portalegre.
Á 1 e meia effectuou-se o lanche offerecido pela comissão local, e ás 4 da tarde, nova sessão na União dos Marianos, ás Janelas Verdes, sendo apresentadas as seguintes theses: “Estudo dos meios de que as uniões podem dispor ara chamar a mocidade” e “A obra a favor dos emigrantes”, das quaes foram respectivamente. Relatores os srs. dr. Leite Junior, de Coimbra, e Eduardo Henrique Moreira.
A sessão da noite, que principiou ás 8 horas, abriu com o hymno evangelico, seguindo-se oração pelo sr. Horues. Depois, o sr. Stover executou ao piano o hymno da União, acompanhado de oração pelo sr. Silveira, presidente da União de Portalegre.
O sr. Alfredo da Silva, presidente do “comité”, apresenta seguidamente aos assistentes o cathedratico norte-americano sr. João R. Mott, que hontem chegou a Lisboa, o qual, por sua vez, fez uma interessante comunicação sobre a “Biblia”, servindo de interprete á assembléa o sr. Wright.
Fechou a sessão o sr. Antonio José Rodrigues de Ponta Delgada, que fez a leitura do Evangelho de S. João, no capitulo XVI, sendo todas as theses approvadas e muito applaudidos os seus relatores.
Uma commisão de academicos convida todos os seus collegas de Lisboa, a comparecerem na proxima segunda-feira, pelas 8 horas e meia da noite, na séde da Associação de Lojistas, ao largo da Abegoaria, para ouvirem o delegado norte-americano João Mott, secretario da Federação Mundial dos Academicos Christãos, com séde na America, sobre o movimento da federação que representa.
O sr. Mott almoça tambem n’esse dia na legação da America, a convite do sr. Page de Bryan, ministro em Portugal.
O Século, 22 de Maio de 1909, p.3.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
III Congresso das UCM de 1909
Terceiro Congresso Nacional das Uniões Christãs da Mocidade
Como estava annunciado, realisou-se hontem a sessão plenaria de abertura do terceiro congresso nacional das Uniões Christãs da Mocidade.
Ante-hontem á noite tinha havido na séde da União, ao Conde Barão, uma sessão solemne commemorando o 11.º anniversario da fundação das uniões.
Presidiu o sr. Julio Francisco Silva Oliveira, secrectariado pelos srs. Rodolpho Horner e Christiano Phildius.
Fizeram uso da palavra os srs. Joaquim dos Santos Figueiredo, Roberto H. Moreton, Alfredo H. Silva, José Fernandes Braga, Hinwright, etc.
As salas estiveram vistosamente ornamentadas com bandeiras, plantas e flores, vendo-se em uma d’ellas uma interessante exposição de impressos, photographias do “comité” das diversas uniões, tudo artisticamente disposto.
O primeiro dia do congresso
Hontem, primeiro dia do congresso, realisou-se ás 11 horas da manhã, na Igreja Evangelica de S. Paulo, o culto inaugural, havendo sermão prégado pelo rev. Joaquim S. Figueiredo, e ao que se seguiu a apresentação dos delegados estrangeiros.
Ás tres horas da tarde houve sessão preparatoria que abriu com o hymno e oração, seguindo-se: boas-vindas, pelo presidente do “comité” nacional, sr. Alfredo H. Silva; apresentação dos delegados, pelo vice-presidente; eleição da meza permanente e relatorio do “comité” nacional, cujos dados interessantes não podemos dar por absoluta falta de espaço.
A sessão plenaria de abertura
Ás 9 horas da noite realisou-se a sesão plenaria de abertura, na sala Portugal da Sociedade de Geographia, com uma numerosa assistencia.
O presidente sr. Alfredo Henrique da Silva abre o Congresso com um magnifico discurso que despertou calorosos applausos d’asembléia.
Por unanimidade foi approvado enviar tamblegrammas de saudação a sua magestade el-rei e ao dignissimo vice-presidente da Camara Municipal de Lisboa.
Seguiu-se a leitura de adhesões de varias uniões dos paiz e do estrangeiro, França, Italia, Inglaterra, Hespanha e Belgica.
Então usou a palavra o sr. major Santos Ferreira dissertando sobre o thema: “O que as Uniões Christãs podem fazer a bem da mocidade”, sendo muito applaudido.
Ainda falou o secretario do Comité Universal das Uniões de Genebra, sobre “o movimento unionista em todo o mundo”, expondo factos e dados estatisticos muito interessantes.
Tanto este delegado como o do Brasil, sr. J. L. Fernandes Braga, que apresentou uma mensagem da obra que representava, vieram expressamente dos seus paises tomar parte n’este congresso, sendo acolhidos com uma cordeal sympathia de todos os assistentes.
Nos intervallos dos discursos fizeram-se ouvir alguns bonitos numeros de musica.
O programma de hoje
Hoje haverá o seguinte:
10,30 da manhã – Sessão dos delegados
1.º – Reunião d’oração
2.º – Estado actual das Uniões em Portugal.
Relatórios pelos delegados de todas as Uniões da Alliança Nacional.
3.º – These – As Uniões Christãs e a questão social. Relator: Pedro da Silveira, de Portalegre.
4.º – Discussão.
1,30 da tarde – Lunch em commum – (União Central)
3 da tarde – Sessão dos delegados
1.º – These – Estudo dos meios de que as Uniões podem dispor para chamar a Mocidade. Relator: Dr. Leite Junior, de Coimbra.
O obra a favor dos emigrantes. Relator: José Luiz F. Braga, do Brasil.
2.º – Discussão.
8 da noite – Sessão para os unionistas e seus amigos.
Discursos por differentes delegados.
Diário de Notícias, 21 de Maio de 1909, p. 2.
III Congresso das UCM de 1909
Uniões Cristãs
Reune o terceiro congresso nacional
Cumpre-se o programa do primeiro dia – Cantam-se hymnos e lêem-se saudações
Foi hontem iniciado em Lisboa o terceiro congresso nacional das Uniões Christãs da Mocidade de Portugal. O programma do primeiro dia, hontem publicado no Seculo, foi exactamente cumprido. Ás 3 horas da tarde, na sessão preparatoria da União Central, fizeram uso da palavra alguns congressistas, entre os quaes o presidente do Comité Nacional, sr. Alfredo Henrique da Silva, que apresentou os delegados, foi approvado o relatorio do mesmo Comité e eleita a mesa permanente d’este, que ficou composta pelos srs. Alfredo da Silva, presidente, Pedro de Castro Silveira, vice-presidente, João Coelho e Eduardo Moreira, secretários. Ás 9 horas da noite, na sessão plenária de abertura, foram enviadas saudações ao chefe de Estado e à Camara Municipal de Lisboa e em seguida a assistencia, que era numerosa, entoou um hymno patriotico. Seguidamente, orou o sr. Roberto Moreton e foram lidos telegramas de saudação das Uniões de Londres, de Paris, Roma, Madrid, Lourenço Marques, Porto, Gaya, Funchal, Setubal, etc. Depois, um grupo de senhoras cantou um hymno espiritual, precedido por um solo cantado pelo sr. Macgregor, evangelista escocez. Discursaram em seguida o major sr. Santos Ferreira, Christiano Phildius, secretario do Comité Internacional de Genebra, e José Luiz Fernandes Braga, representante das Uniões do Brazil, que alludiram ao progresso do protestantismo em varios cantos do mundo.
Terminou a sessão por um agradecimento à direcção da Sociedade de Geographia pela cedencia da sala, um hymno cantado pela assistencia e oração final pelo presidente. Na sala foram distribuidos folhetos e jornaes commemorativos do congresso.
O programa de hoje – Espera-se um congressista norte-americano
O programma de hoje é o seguinte: ás 10 horas e meia da manhã, sessão de delegados na séde da União Central, na rua das Gaivotas, com reunião de oração; apresentação dos relatórios dos delegados de todas Uniões da Alliança Nacional, sendo a these “As Uniões Christãs e a questão nacional”, apresentada pelo senhor Pedro Silveira, de Portalegre, á 1 hora e meia da tarde, lanche na mesma União; ás 3 sessão, em que se discutirá a these “Estudo dos meios de que as Uniões podem dispôr para chamar a mocidade”, apresentada pelo sr. Leite Junior, de Coimbra; e ás 8 horas da noite, sessão para os unionistas e seus amigos, com discursos por diferentes delegados e reunião de Senhoras na União da Estephania, Rua Angra do Heroismo.
O sr. João R. Mott, cathedratico norte-americano, que deve chegar hoje a Lisboa, faz amanhã à noite uma conferência, especialmente dedicada á mocidade academica.
O Século, 21 de Maio de 1909, p.2.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
III Congresso das UCM de 1909
Congresso Nacional das Uniões Christãs da Mocidade de Portugal
O programa, hoje, é o seguinte:
2 da manhã [sic] – Culto inaugural – Egreja Evangelica de S. Paulo (extincto convento dos Marianos), sermão pelo rev. Joaquim S. Figueiredo; collecta. Apresentação dos delegados estrangeiros.
3 da tarde – Sessão Preparatoria – 1.º Hymno e oração; 2.º Boas-vindas pelo presidente do Comité Nacional; 3.º Apresentação dos delegados pelo vice-presidente; 4.º Eleição da mesa permanente; 5.º Relatorio do Comité Nacional.
9 da noite, sessão plenaria d’abertura, (sala Algarve da Sociedade de Geographia), 1.º, Hymno e oração; 2.º, Abertura do congresso; 3.º, Discursos por differentes delegados; 4.º, “O que as Uniões Christãs podem fazer a bem da mocidade” – Relator; major Santos Ferreira, de Lisboa.
5.º Leitura de adhesões. Musica, harpa piano e violino.
Diário de Notícias, 20 de Maio de 1909, p. 2.
III Congresso das UCM de 1909
Inauguram hoje o seu terceiro congresso nacional – Chegada de congressistas
Celebrando o 11º anniversario de fundação da União Christã da Mocidade, realisou-se hontem uma sessão solemne , na sede da mesma collectividade ao Conde Barão.
Presidiu o sr. Julio Francisco da Silva Oliveira, secretariado pelos srs. Rodolpho Horner e Christiano Phildius, socretario do Comité Internacional de Genebra, e usaram a palavra os srs. José Luz Fernandes Braga, industrial no Brazil; Pedro Castro Silveira, industrial em Portalegre; Robert H. Moreton, do Porto; Alfredo Henrique da Silva, presidente do Comité Nacional das Uniões; Joaquim dos Santos Figueiredo, presidente da União dos Mariannos, etc.
As salas estavam decoradas com grande numero de vasos com plantas e bandeiras de diversas nacionalidades, vendo-se n’uma d’essas salas uma exposição de publicações e photographias referentes às Uniões Christãs.
O Século, 20 de Maio de 1909, p.3.
terça-feira, 19 de maio de 2009
III Congresso das UCM de 1909
Egreja Evangelica Lusitana
Na egreja de S. Pedro, largo das Taypas, á praça d’Alegria, há hoje, ás 8 horas da noite, culto e pratica pelo rev. Josué de Sousa, e amanhã ás 11 horas da manhã, haverá tambem na egreja de S. Paulo, extinto conventos dos Marianos, ás Janellas Verdes, serviço divino especial a que assistirão todos os delegados do congresso das Uniões Christãs da Mocidade, pregando o rev. Santos Figueiredo.
Diário de Notícias, 19 de Maio de 1909, p. 2.
Convite
COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DO
CONGRESSO PROTESTANTE DE 1909
SALVEMOS A ACM DE LISBOA
19 horas
Associação Cristã da Mocidade de Lisboa
Rua de S. Bento, nº 329 – 2º